Texto: 1 Coríntios 13.1-3
A. Superioridade do amor
Havia uma igreja em Corinto cheia de dons e habilidades, essa igreja primitiva não precisava dos dons, mas precisava buscar revelação. Eram cheios de dons e habilidades, mas usavam para si. Faltava algo maior, faltava reconhecer a necessidade de algo mais importante. Eles viviam dizendo “Olhe pro meu dom e veja como é melhor, como é maior! Vejam, Vejam! Olhem, olhem pra mim! Vejam, eu sou mais espiritual. Olhem o que sei fazer e acontecer!” Aparentemente tão inofensivo, mas por dentro tão corrosivo a falta de amor. Eram vazios dentro de si, viviam só de aparência. Sim, eram cheios de dons. Por fora tão santos, tão bonitos, tão cheios de graça, mas por dentro perdidos em seus próprios prazeres, nos próprios orgulhos. Nas profundezas, no homem interior, será que Deus encontrou maturidade? Será que Deus achará pureza e fidelidade? Até quando vão sustentar uma vida de aparências, até quando ficarão em competição usando o dom para si mesmo? Dizendo que é seu o que na verdade é de Deus. A graça de Deus para de ser acessível quando começamos a fazer essas escolhas, se continuarmos fazendo assim deixará de ser amor e será manipulação.
Coro:
“Mesmo sendo muito bom
ser achado em vários dons
nada vale sem amor
há um caminho superior”
Nada há de errado em buscar os dons, mas preste atenção, existe algo importante a lembrar: é para a edificação do corpo. Existe um modo de fazer, existe um padrão para estabelecer. Não é de qualquer maneira, como quer fazer. Existe um pensamento que diz um caminho maior, superior dos superiores, mais excelente. A falta dele não pode ser compensado com os dons, ele é superior. Nada compensa para o que escolhe seguir a rota superior. Não ande com o cego, mas veja o que o Senhor diz. Sim, Ele já falou para que servem os dons, está escrito: Amem uns aos outros. Tende ardente amor uns para com os outros pois ele é o elo perfeito. Ame a Deus e seu irmão é o que Ele falou, pois se você diz que ama a Deus mas não ama seu irmão tem algo errado aí. O amor se traduz em serviço, se abaixar ao mais baixo lugar. Como pode amar a Deus se não ama seu irmão que vê? Pois aquele que ama obedece Suas palavras. Escolhemos andar no caminho superior, de como andar na luz, no caminho que nos foi ensinado, que nos foi apontado. Na luz, na luz é o exemplo perfeito. Temos o exemplo perfeito daquele amor que não expressou por palavras, mas por ações.
Coro:
“Amem, amem uns aos outros
assim como eu vos amei
permaneçam no meu amor”
Coro duplo:
“É o vinculo da perfeição
o caminho superior
é o amor, é o amor”
Coro:
“Pode até buscar os dons
mas em amor”
O amor é diferente do que pensa. Esse mundo diz que deve ser centrado em você. Toda as culturas só sabem apresentar o amor que é baseado em si mesmo. Que pode ser o que quiser, que pode ser o que acredita que seja amar. Esse mundo diz que o amor é centrado nos prazeres do homem, mas eu pergunto: Será? Acreditam que o amor pode mudar conforme sentimento e emoção. Esse não é amor. O próprio Deus diz o que é o verdadeiro amor. O amor é uma escolha. O amor é uma atitude: negue a si mesmo. O mundo não compreende esse amor. O amor não precisa se alinhar com o sentimento. Olhe o que diz a palavra: Jesus se entregou por nós como pecadores. Esse é o padrão, o Filho se entregou. Nesse amor existe entrega. Sentimos a fragrância do amor no nosso Deus. Ele sabe o que é amor, sabe o que é amar. Firmou seu padrão dando seu Filho a nós.
Coro:
“O amor
saiba que o verdadeiro amor
não é só aquilo que você pensou, mas vai
vai além de algo sem sabor
é aquele que transborda do Criador”
O amor não é egoísta, não busca os próprios interesses. Esse amor considera relevante seu irmão, prioriza o bem estar dos outros, não pensa só em si, mas quer o melhor do outro. É altruísta, está atento a ouvir o que o outro precisa. Nesse amor o próximo pode descansar, eles choram com os que choram. Esse é o padrão do amor, se não se importa com o outro, não ama. Se não está atento a necessidade do próximo, de que amor você fala? De que amor você prega? Se seus olhos não enxergam, que amor é esse? Que amor é esse que pensa na própria dor antes que do outro? Esse amor se importa com a realidade do seu irmão. Esse é o amor de Deus, não se parece com o seu.
Coro:
“Você diz que ama
mas só pensa em si,
que amor é esse?
Não é o amor de Deus.
Amor que tudo sofre, tudo espera, tudo crê e suporta. Assim como Pedro imaginou que não trairia seu Senhor, não negaria seu mestre, mas negou. Cheio de autoconfiança acreditando na força do próprio braço, mesmo com o aviso do Senhor ele confiou no que poderia fazer. Se equivocou quando pensou que seu amor era suficiente. Confiou na força da sua palavra, na honra da sua própria palavra. “Ah, Pedro! Escute bem: me pediram para ceifar sua alma, para te levar, mas eu orei por Ti, te sustentei em oração. Pedro, Pedro, Pedro, ouça o que estou a dizer.”
Pedro foi constrangido e confrontado pelas palavras de Jesus, Ele foi seguindo até que aconteceu. Negou seu mestre e profunda amargura o cercou. Ele negou seu amigo, o mais fiel, o mais chegado, o mais precioso. A escuridão da noite o tomou quando seu amor foi testado, quando lhe foi perguntado: Você não é um seguidor dele? Não é como um deles? Talvez ele tenha lembrado de tantos milagres, de tudo o que fez ao seu lado, mas o medo tomou seu coração e ele o negou. Então ele calculou o que deve valer mais nesse momento e veja só, traiu seu amigo. Pensou “Vou voltar a fazer o que fazia antes”. Foi egoísta ao pensar em sua própria necessidade. Pedro voltou as suas redes após ter negado o mestre.
Ao retornar ao barco com o coração dilacerado por trair seu amigo, ele olha ao horizonte “Acho que conheço aquele andar, é o meu mestre, é o meu amigo. Será que ele vai me perdoar? Não perderei tempo não, vou me jogar ao mar, vou atrás mais uma vez. Ele disse que oraria por mim, então retornarei, retornarei a praia”
A mesma voz que me chamou “Vem e segue-me”, é a voz que me pergunta “Pedro, tu me amas?” Estou lembrando do convite que ele me deu. “Mestre, mestre, me sinto arrependido do que fiz, me sinto tentado a fugir, mas estou aqui, Tu conheces o meu amor!”
Coro:
“E o mestre diz:
Tu me amas Simão Pedro?
Apascenta as minhas ovelhas”
Coro:
“Muito embora nosso amor seja fraco
o seu amor permanece
o amor de Deus permanece”
Coro:
“O galo cantou
Pedro negou
mas o amor de Deus
mais uma vez o alcançou”
Começamos mais um turno de adoração com palavra, a sala está cheia. O tempo está nublado e com vento suave. Algumas pessoas estão sentadas lendo suas bíblias, outras estão orando.
Oh minha alma, cante ao seu Deus, no dia bom e no dia mal. Cante, cante, cante. Louve, louve, louve. Porque se desesperar? Acaso ele mudou? Ele pode fazer. O teu poder não mudou ao longo da história, ainda podes fazer. Tu és o mesmo, por isso ouve oh minha alma, Ele permanece fiel, teu trono não foi abalado. Não há nada impossível, Ele é Deus. Esse é quem Ele é, o grande Eu Sou.
O líder de adoração puxou um coro
Coro:
“Pois Ele permanece mesmo
com Ele está o controle,
sabe o fim desde o começo
não se preocupe minha alma”
Coro:
“Ele é capaz de fazer
seja qual for o nome da sua causa”
Coro:
“Não há coisa alguma
que Ele não possa fazer.
Ele é Deus”
Um dos cantores proféticos fez um coro:
“Esperei com paciência no Senhor
Ele se inclinou para mim
Ele ouviu meu clamor”
No fim do ciclo, a sala estava calma e reflexiva. Liam suas bíblias.
A lider de oração terminou com a seguinte oração
Senhor, nos traz perdão verdadeiro que não se deixa vencer, que é corajoso. nos dá um amor que permanece fiel, nos mostra esse amor que é alto, largo e imensurável. Jesus, precisamos conhecer esse amor completo, nos ensina a conhecer esse amor que jamais será extinto. Obrigada por Sua graça, porque temos acesso a ela pelo amor.